sábado, 10 de agosto de 2013

A HISTÓRICA CAPELINHA (ORATÓRIO) DO PACOTUBA.

No começo da velha estrada do Pacotuba existe um fragmento que marca a religiosidade dos pioneiros portugueses e imigrantes poloneses, estabelecidos pioneiramente na região que também ajudaram a escrever a história do povoamento da cidade, é a Capelinha do Pacotuba, construída em 1929 por um grupo de poloneses da Sociedade Tadeusz Kokszko. A qual, também serve como um marco, que indica que ali era um pequeno cemitério, onde foram enterrados alguns filhos de moradores pioneiros da região (os recém-nascidos Adão e José Kotovski e o João Antônio Brzezinski). Fora outras crianças e pessoas não identificadas, cuja, segundo informações, se colocava uma cruz azul na sepultura dos meninos, e uma cruz rosa na sepultura das meninas.
Um fato interessante que marcou a Capelinha foi à depredação que ela sofreu por fanáticos religiosos, a qual se deu no furto e destruição de uma imagem de São João, a qual seus pedaços foram jogados no terreno da senhora Doroti Dugonski. Este ato de vandalismo foi motivado pelo fato desses fundamentalistas repudiarem o culto a imagens. Depois de algum tempo, foi doada uma imagem de São João Batista, que permaneceu intacta até a década passada, quando provavelmente um grupo de vândalo, sem motivação alguma consumiram com a imagem. É por este motivo que a Capelinha do Pacotuba, é denominada oficialmente como Oratório São João Batista.
Colaboraram com a construção da histórica capelinha: o Sr. Martin Bugalski, que dou o terreno. Já os Senhores: Itaciano José Siqueira, Pedro Polanisnski, Martin Bugalski, Francisco Postareck, Joaquim de Barros Teixeira, Bernardo Brzezinski e meu bisavô paterno Damião Kotoviski, doaram recursos financeiros, o qual foi utilizado pelo Senhor. Tomas Sopa, no desempenhar de seu trabalho em construí-la e pintá-la  originalmente de amarelo.
A doação do terreno feita pelo senhor Martin Bugalski, e ocorreu em necessidade de pessoas, que por motivos religiosos, pela falta de cemitério ou por não conseguirem pagar o atestado de óbito, lhe geravam o problema de não conseguir sepultar seus entes queridos em um cemitério oficial. Sendo assim, estes eram enterrados nas proximidades, já dentro do terreno de seu Martim, percebendo este fato o generoso cidadão, resolveu ceder um pouco mais o terreno destinado para este fim.
No ano inicial do século XXI (2001), a capelinha foi mudada alguns metros de lugar e cuidada pelo empresário Reinaldo de Mello até a presente data. No entanto, no ano de 2002, minha mãe, a Dra. Mestra Professora Josélia Aparecida Kotoviski, desenvolveu um projeto de pesquisa com seus alunos do Colégio Estadual Jardim Paraíso, onde um dos objetivos era dar fundamentação histórica notória, para o tombamento histórico municipal do Oratório. O qual recebeu o apoio e posteriormente foi pleiteado, junto á Câmara Municipal de Almirante Tamandaré, pela então Vereadora Clarice Gulin (neta de Damião Kotoviski e uma das primeiras mulheres eleitas para o cargo de vereador na história do município, na gestão 2001 até 2004).
Porém, só em 25 de junho de 2005, no primeiro mandato do Prefeito Vilson Rogério Goinski, (que a principio é descendente de poloneses), o Oratório São João Batista foi reconhecidamente e merecidamente restaurado.
(Solenidade de Restauração da Capelinha do Pacotuba/o Sr. Estanislau Pupia, Dona Noêmia Kotoviski, nora do saudoso Damião Kotoviski que ajudou a construir a capelinha, ao fundo alunos da Professora Josélia Kotovski (nora de dona Noêmia), o Prefeito Vilson Goinski, e a ex-vereadora Clarice Gulin (filha de dona Noêmia)/Foto: Ari Dias, Junho 2005).

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