segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ESTRADA DA CACHOEIRA, UMA BREVE CONSIDERAÇÃO.

A Estrada da Cachoeira ou Estrada do Humaitá começava na contemporânea Rua Campos Sales no Bairro do Ahú. E se prolongava margeando a Ferrovia Curitiba-Rio Branco do Sul, e por alguns trechos da atual Avenida Anita Garibalde, onde seguia através da Rua Belém (década de 1950, atualmente Anita Garibaldi), que se estendia até a Estação Ferroviária da Cachoeira. Sempre margeando a já referida ferrovia, nos trechos das contemporâneas Ruas Francisco Kruger, Antonio Johnson e Domingos Scucato, até a Ponte do Rio Barigui, onde se ligava com a Estrada do Assungui, ambas em Almirante Tamandaré.
Estrada da Cachoeira. Provavelmente, a estrada herdou a denominação que a localidade recebia, já no século XIX, ou seja, anterior a 1853, quando a região já aparecia como uns dos 27 quarteirões de Curitiba[1]. Pois, segundo o que os moradores mais antigos contam, a partir de relatos de seus pais, que a região se tornou conhecida por este nome, porque existiam várias cachoeiras, onde as mulheres iam lavar roupa, pessoas iam se banhar, buscar água,... Ou seja, da expressão, vou para a cachoeira, resultou no hidrotopônimo[2] que atualmente denomina a região, tanto o bairro da Cachoeira em Almirante Tamandaré, quanto o bairro de mesmo nome no município curitibano, os quais estão grudados, a ponto de ser na observação da população local, tudo um lugar só.
É denunciada as margens desta estrada no ano de 1931, pelo requerimento do Sr. Moizés Collodel, que nela existia um terreno de invernada de gado. O qual já era utilizado a mais de vinte anos. Pois, segundo o documento, ele reclama que o terreno teria sido cercado indevidamente, o que prejudicou a passagem de tropas pela estrada e que isto atrapalhou o comércio local[3]



[1]              MARTINS, Romário. Curityba de Outr’ora e de Hoje. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curityba,
 Commemorativa do Centenário da Independência do Brasil, 1922.
[2]              Hidrotopônimo de taxionomias de natureza física resultantes de acidentes hidrográficos, (água, córrego, rio, ribeirão, foz, cachoeira). ZAMARIANO, Marcia. Toponímia paranaense do período histórico de 1648 a 1853.  Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Londrina: Londrina, 2006, p. 90.
[3]              Arquivo de Requerimento apresentado a Prefeitura municipal de Tamandaré à contar de 11 de novembro a 30 de dezembro de 1931.

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