quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O ATERRO SANITÁRIO

Foi em um domingo de Natal, já mais ou menos, pelas quatro da tarde, que meu tio Otavio, apareceu em casa para me chamar para andar de bicicleta. Sem o que fazer, já que mal tinha voltada do almoço de Natal na casa de minha avó Odete, aceitei o convite. Como sempre, o tio contando as histórias de quando ele era pia. Neste trajeto, passamos em frente ao desativado Lixão da Lamenha Pequena, região pertencente a Curitiba, porém divisa com a localidade do Juruqui em Almirante Tamandaré. Ou seja, naquele trecho, a margem da Rua Alexandre Meguer que segue para a Sede do município é território tamandareense, já a margem que segue o trecho oposto, é Curitiba.     
Logo me lembrei da luta dos moradores da Comunidade da região da Lamenha Pequena, que conseguiram fazer parar o descarregamento do lixo de Curitiba no Aterro Sanitário já em 1989.
Aproveitando este fato e a notória reivindicação também dos moradores da região da Comunidade do Juruqui pela desativação do “Lixão”. O Vereador João Carlos Bugalski, no mês de março de 1989, apresentou a Câmara dos Vereadores do Município para ser votado e posteriormente aprovado, o requerimento que solicitava ao Sr. Prefeito Roberto Luiz Perussi, que não mais depositasse o lixo coletado da cidade, no Aterro Sanitário.
Como consequência desta atitude do município tamandareense e posteriores reuniões entre lideranças políticas das duas cidades envolvidas em 15 de junho de 1989, por determinação do prefeito de Curitiba Jaime Lerner foi  desativado o Aterro Sanitário de Lamenha Pequena, que funcionava desde 1964.
Porém, segundo a Gazeta do Povo de 20 de setembro de 2010, mesmo após 20 anos fechado, o Aterro Sanitário da Lamenha Pequena, ainda produz graves passivos ambientais, causado pelo chorume e gás. O qual vai custar quase meio milhão de reais (R$ 423.177,14) para os cofres do município de Curitiba, para realizações de obras dos sistemas de drenagem das águas pluviais, dos acessos internos e do sistema de tratamento de efluentes, além da recuperação do sistema de monitoramento de água subterrânea. 

Enganam-se, quem pensa que só foi por causa do cheiro e da proliferação de animais peçonhentos que ocorreu a desativação do lixão. Segundo relatos do cidadão tamandareense o Sr. Virgilino Vieira que mora no Juruqui, e trabalhou no aterro, no ano de 1975 a 1977 na função de guardião e serviços gerais. O qual relata que o cheiro era o menor dos problemas, pois, perigoso era o gás que saia da terra, pois queimavam as pessoas. Tal fato era tão grave, que em uma noite de inverno, uma pessoa alcoolizada, parou as margens da rua para se esquentar no bafo desse calor, o problema foi que devido a embriagues da pessoa, ela não percebeu uma súbita evacuação violenta desse gás. Consequentemente, a pessoa sofreu varias queimaduras graves e sofre com isto até os dias atuai.... 

Um comentário:

  1. Meu pai trabalho anos pra família poli como entrar em contato cm Marcelo poli

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